segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Quero ser o rio e não o que leva a correnteza, pois quero ser a origem e não a conseqüência. 


Quero ser o galho que é levado no bico e não o pássaro, pois antes de ser o criador, quero ser a massa de que é feito a criatura.



Quero ser o fruto e não a semente e menos a raiz, pois quero antes de sustentar , antes de procriar, adoçar e alimentar os que serão filhos da terra.


Quero ser o que vai e não o que vem, para antes de ser a esperança no sorriso de quem chega, ser a fé na lágrima de quem parte.


Quero antes de ser múltiplo ser único, para antes de me conformar com a perpetuidade da luta não esquecer de lutar pela sobrevivência.


Quero ser o que me proponho a ser e não o que gostaria de ser,pois assim, ainda me bastará não me tornar o que definitivamente não sou.


Seria fácil querer ser a mão ingênua que sempre perdoa mas reconhecendo não ser santo, prefiro ser o que atira a pedra convicto, pois me sobrará no juízo, depois do veredicto, o papel de ao não ser perfeito, ter sido honesto com meu sentimento de revolta e justiça; e por não ter sido leviano, ter uma nova chance de me tornar melhor.


Quero ser a pergunta e não a resposta, pra nunca perder a sede de aprender e a humildade de reconhecer meu mais absoluto despreparo como ser humano.


Ah! como eu queria amar e ser amado para não sofrer o revés de, ao ser um e não ser outro, morrer por ter um amor pela metade.


Só não quero escolher entre ser o antes e o depois, pois como Deus, não teria esse delicioso e inesgotável prazer de não ter direito a escolha, mesmo a errada, essa que tenho feito nos momentos mais delicados de minha vida mas da qual, não me passa pela cabeça qualquer arrependimento. Ou passa?


Quero ser isso e não aquilo e depois aquilo e não isso para, conhecendo os dois lados da face da moeda, saber o que me caberá quando ela for lançada no espaço e não depois que ela cair no chão.


Quero viver e morrer e renascer de novo para entender que tudo que fiz é conseqüente e que com o tempo me devolverei à origem de tudo, para poder ser parte integrante da célula inteligente, responsável por tudo aquilo que de mim
nascerá pelos milênios e milênios que jamais deixarão de vir. 


(Claudio Rabello) 




I want to be and not the river which leads the current, because I want to be the source and not the consequence.


I want to be the branch that is not carried in the beak and the bird, because before the creator, I want to be the mass of the creature that is made.


I want to be the fruit of the seed and not the root and less because I want to support before, before breeding, feeding and sweeten to be sons of the earth.


I want to be going and not what came to be before the hope in the smile of who gets to be the faith of those who leave in tears.


I would rather be single to be multiple, so before I settle for the perpetuity of the struggle to remember to fight for survival.


I want to be what I intend to be and not what I would be as well, I still do not suffice to make that definitely am not.


It would be easy to want to be the hand that always forgives naive but recognizing not a saint, I prefer to be convinced to throw the stone, because I had left the court after the verdict, the role of the not perfect, have been honest with my feeling rebellion and justice, and for not being gay, have a new chance to become better.


Want to be the question and not the answer, to never lose the thirst for learning and humility to recognize my utter unpreparedness as a human being.


Ah! I wanted to love and be loved not to suffer a setback, to be one and not another, dying to have a love for the half.


Just do not want to choose between being the before and after, for as God would not have this delicious and endless pleasure of not having the right to choose, even wrong, that I have done in the most delicate moments of my life but which, I do not occurs to any repentance. Or do you go?
I want to be this and not that and that and then not for this, knowing the two sides of the coin, I know will fit when it is launched into space and not after it hit the ground.
I live and die and be reborn again to understand that everything is done consistently and with time I will return to the origin of everything, to be part of the cell smart, responsible for everything from meborn by millennia and millennia that never stop coming.




(Claudio Rabello) 


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